O uso de taninos, em especial os derivados de acácia-negra, vem ganhando cada vez mais espaço na nutrição de ruminantes, graças a inúmeras pesquisas que demonstram os efeitos positivos dessa substância polifenólica na nutrição animal.
Anteriormente, os taninos eram considerados como fatores antinutricionais, mas já se tem conhecimento de que, na dosagem adequada, eles podem proporcionar grandes benefícios e se tornarem aliados naturais valiosos.
Acompanhe a seguir e conheça os principais benefícios da inclusão de taninos na nutrição de ruminantes e veja como essa substância é importante para obter melhores resultados na produção animal.
Taninos na nutrição de ruminantes: conheça 5 benefícios
Os taninos possuem uma série de características relevantes à nutrição animal, como a capacidade antioxidante que age no bloqueio e na captação de radicais livres, impedindo ou reduzindo a ação negativa dos radicais livres no organismo do animal.
Outro ponto relevante é o fato do tanino ser uma substância natural que não gera malefícios à saúde animal ou humana.
Além disso, falando mais especificamente de ruminantes, os taninos de acácia-negra têm impactos positivos na nutrição, como os que destacaremos logo abaixo.
1. Aumento de peso
O uso de tanino de acácia-negra na nutrição de ruminantes, quando se trata de cordeiros, auxilia no aumento diário de peso, no peso de carcaça e no rendimento do animal, segundo estudo publicado no South African Journal of Animal Science 2022, 52 (No.4) intitulado “Fattering performance and carcass characteristics of lambs supplemented with condensed tannins from Acacia mearnsii extract”.
Esses benefícios são decorrentes das diversas propriedades deste composto polfenólico que possui ação anti-helmínticas, antioxidante e antimicrobiana, impactando positivamente no desempenho do animal.
2. Melhora da qualidade da carne
Ainda se tratando de cordeiros, o uso de taninos na dieta melhora o rendimento de carcaça e aumenta a deposição de gordura intramuscular, o que é positivo para a qualidade da carne que recebe maior proteção ao ser resfriada.
3. Redução das emissões dos gases de efeito estufa
Outro grande benefício é a redução da produção de gases que impactam o efeito estufa, como o metano.
Nesse sentido, o uso de tanino como aditivo nutricional tem efeito modulador na fermentação ruminal, o que eleva a eficiência do uso de nitrogênio pelos microrganismos e causa a diminuição da produção dos gases.
4. Redução da excreção de nitrogênio na urina
A incorporação de taninos na nutrição de ruminantes também tem a capacidade de reduzir a quantidade de nitrogênio excretado na urina, o que é benéfico para uma produção mais sustentável.
Essa capacidade decorre da diminuição da produção de CH4 entérico, do aumento do fluxo de proteínas enviadas ao duodeno, da degradação proteica no rúmen e da elevação da síntese de proteínas microbianas, fazendo com que a utilização de nitrogênio ruminal seja mais eficiente, reduzindo a excreção.
5. Aumento da disponibilidade de proteína
Em relação aos bovinos, um dos benefícios do uso de taninos de acácia-negra na nutrição é aumentar a disponibilidade de proteína presente na dieta, já que os taninos têm capacidade de se complexar e aumentar o fluxo de aminoácidos no intestino delgado.
Esse benefício é importante principalmente nos períodos em que as vacas leiteiras reduzem o consumo de matéria seca em razão da elevação da umidade ou temperatura do ambiente, aumentando a proteólise muscular.
Dessa forma, a utilização de taninos na nutrição de ruminantes promove uma ampla gama de benefícios para diferentes espécies, gerando vantagens para os produtores, para os consumidores e para o meio ambiente.
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